Gerenciamento de Processos de Negócio (BPM) e Estratégia Empresarial

Nos últimos anos, tem-se observado um movimento significativo por parte das empresas brasileiras na adoção de práticas de Gerenciamento de Processos de Negócio (BPM) como uma estratégia para alcançar resultados estratégicos e promover o crescimento sustentável.

Como profissional da área, atuo diariamente auxiliando pessoas e empresas a integrarem, de forma eficaz, a abordagem BPM em suas operações cotidianas. Este é um processo desafiador que exige mais do que a simples padronização e documentação dos processos internos. Embora essas ações sejam componentes importantes do “contexto BPM”, elas representam apenas uma fração do que essa abordagem pode proporcionar.

Um dos maiores desafios que percebo é a visão limitada que muitas organizações têm sobre o BPM. Elas tendem a vê-lo como um conjunto de práticas destinadas apenas a garantir que os funcionários saibam o que fazer, como fazer e por que fazer. No entanto, o BPM vai muito além disso. Ele exige uma conexão direta e sólida entre o gerenciamento de processos e o alinhamento estratégico da empresa.

Essa conexão estratégica é a pedra angular do Ciclo de Vida do BPM, começando com a fase de Alinhamento de Estratégias e Metas. Nesta fase, a empresa deve definir claramente sua estratégia e assegurar que seus processos de negócio estejam completamente integrados a essa visão.

Assim, a reflexão que sempre proponho às empresas é: não há real benefício em investir em iniciativas de modelagem e melhoria de processos se elas não estiverem alinhadas à estratégia da empresa. É essencial compreender para onde a empresa está direcionada, quais são seus objetivos e que valor ela pretende gerar para seus stakeholders. Com essa base sólida, as iniciativas de BPM terão o suporte necessário para realmente contribuir para o sucesso da organização.

Qualquer esforço em estruturar um setor ou Escritório de Processos será infrutífero se não estiver intrinsicamente conectado ao alinhamento estratégico do negócio.